Na transição entre a noite de dia 11 e a madrugada de dia 12 registou-se, nas Flores, precipitação persistente, geralmente moderada e temporariamente forte, com acumulados totais muito significativos. Esta situação deveu-se à passagem de um núcleo depressionário vindo de sudoeste,com grande quantidade de água precipitável.
Como consequência, o acumulado das 15h UTC de dia 11 às 18h UTC de dia 12 foi de 107,2 mm na estação do IPMA situada em Santa Cruz das Flores, com um máximo em 6 horas de 47,8 mm, o que é equivalente a um alerta laranja para esse período de referência (que inclui valores entre 40 e 60 mm em 6 horas). De referir, no entanto, que a precipitação horária nunca atingiu o valor mínimo de referência para alerta amarelo (10 mm).
Ao nível do vento, nesta localidade, não se mostrou intenso, variando entre os 18,7 e os 31,7 km/h. Soprando de E das 15h às 20h UTC, rodando depois para NE às 21h até às 9h, rodando novamente, para N, às 10h de dia 12.
No entanto, como resultado da convecção intensa (mas de curta duração) ao longo desse período, em algumas localidades da ilha, nomeadamente no concelho das Lajes das Flores, houve relatos de vento muito forte, entre as 18h e as 02h locais, os quais ainda estão por apurar com mais pormenor; uma estrada que se tornou intransitável, devido à queda de uma árvore de grande porte, para além de outras estradas obstruídas e um considerável número de telhados danificados. De registar também que as localidades da Fajã Grande e Fajãzinha ficaram várias horas sem comunicações e ainda a destruição de uma das antenas situadas no Morro Alto (917 metros). Há testemunhas que disseram não haver memória de uma noite assim assustadora depois de dezembro de 1995.
É de especial interesse este fenómeno, pois, segundo testemunha, o vento estava perfeitamente "normal" em Santa Cruz, mas, quando se passava a rocha dos Bordões em direção à Fajã Grande e Fajãzinha, o vento tornava-se violento e assustador.
É de especial interesse este fenómeno, pois, segundo testemunha, o vento estava perfeitamente "normal" em Santa Cruz, mas, quando se passava a rocha dos Bordões em direção à Fajã Grande e Fajãzinha, o vento tornava-se violento e assustador.
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